FILOSOFIA ESPÍRITA, ENCANTAMENTO E CAMINHO

"JARDIN" - Claude Monet

BEM-VINDO (A) !
Síntese da nobre caminhada do ser humano em busca de sua natureza real, sua Ciência é o instrumento eficaz que estimula o Espírito à sua auto-descoberta; sua Filosofia o conduz à reflexão profunda; sua Religião em Espírito e Verdade revela-lhe a natureza divina de co-criador e partícipe do Universo.

Quando assim compreendida, permeia visões de Vida, amplia horizontes, eleva sentimentos, faz fluir, como as ondas suaves de um rio, as virtudes latentes e desconhecidas de seu mundo interior...


Por sua vez, a Música, como parte da Arte que reflete a busca pela própria transcendência balsamiza, inspira, eleva, encaminha à serenidade, à reflexão...


Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001) - CONSULTE O RODAPÉ DESTE BLOG:

“Seria fazer uma ideia bem falsa do Espiritismo acreditar que a sua força decorre da prática das manifestações materiais (...). Sua força está na sua Filosofia, no apelo que faz à razão e ao bom-senso.” (Concl.VI - O Livro dos Espíritos, Allan Kardec)."O Espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, o dos princípios de Filosofia e Moral que delas decorrem e o das aplicações desses princípios.” (Concl. VII - O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).


O Título ©Projeto

Estudos Filosóficos Espíritas foi cuidadosamente refletido, tendo em vista que: 1) Deve refletir a natureza da obra espírita, eminentemente filosófica; 2) Deve refletir a natureza do curso; 3) Estudos Filosóficos é também o nome da vasta obra filosófico-espírita de Bezerra de Menezes, e constante da Bibliografia de apoio do deste projeto, com o qual pretende-se homenagear, reverenciando-lhe o trabalho ainda intenso de sustentação a causa espírita no Brasil, nas dimensões espirituais, juntamente com Espíritos da estirpe de Léon Denis, hoje liderando a Falange da Latinidade que igualmente traça diretrizes para a disseminação das ideias espíritas à humanidade;

4) Iluminando o Evangelho de Jesus com as luzes do Conhecimento Espírita, passaremos a trazê-lO ao coração, ao pensamento, à razão, aos atos, às atitudes, vivenciando com pleno saber e plena aceitação os seus ensinos.

Tal é a finalidade do Espiritismo – formar caracteres com vistas ao mundo de Regeneração (vide KARDEC, Allan, Obras Póstumas, “As Aristocracias”, div.ed.), conforme predito nas palavras de Jesus (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI, O Consolador, div.ed.), corroboradas pela Codificação Espírita.

Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

LANÇAMENTO !!! AS CONSOLAÇÕES DA FILOSOFIA ESPÍRITA

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI

O tema foi extraído de O Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito por Allan Kardec, com base em suas pesquisas no Novo Testamento, capítulo 3, Há muitas Moradas na Casa de Meu Pai. Allan Kardec comenta o Evangelho de João, capítulo 14, itens 1 a 3 O Evangelho Segundo o Espiritismo foi escrito em 1864, portanto, há 156 anos e é de uma atualidade admirável, na medida em que podemos nele encontrar conhecimento e aconselhamentos para todos os momentos de nossas vidas. A princípio, podemos achar que Allan Kardec realizou uma narrativa própria acerca do Novo Testamento, já que, como Codificador, Organizador da Doutrina Espírita ele poderia colocar suas opiniões pessoais sobre os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Analisando este livro, encontraremos logo no seu Prefácio, as palavras do Espírito da Verdade, este que é o próprio Jesus, e que serve como um alerta, afirmando que Falanges de Espíritos bondosos, sábios, estavam envolvendo a Terra no momento da construção da Codificação, para “iluminar os caminhos” das criaturas e “abrir os olhos aos cegos”. Ele afirma que era chegado o momento em que “todas as coisas” seriam “restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas” da ignorância, “confundir os orgulhosos e glorificar os justos”. Declara que as vozes dos Espíritos Superiores, seriam como clarins, anunciando um novo tempo, desde que todos se irmanassem num só objetivo de desprendimento, fraternidade, entendimento e paz mútua. Allan Kardec declara ainda os Objetivos desse livro OESE, enaltecendo a obra magnífica de Jesus entre nós, e destacando que os seus ensinamentos de ordem moral puderam atravessar o tempo, sem mácula e sem manipulações humanas, ao contrário da sua imagem que foi mitificada, ou seja, transformada em mito, e seus ensinamentos transfigurados em religião que se multiplicou às centenas de milhares. Por isso o Espírito da Verdade diz que era chegado o momento em que “todas as coisas” seriam “restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas” da ignorância, “confundir os orgulhosos e glorificar os justos”, já que ao longo de mais de 1900 anos, a sua obra, a de Jesus, seria, como foi, totalmente transformada conforme o entendimento dos homens. Se “todas as coisas” seriam “restabelecidas no seu verdadeiro sentido”, é porque era chegado o momento de : 1) Nos desapegarmos das religiões formais, já que o templo de Deus está dentro de nós; e se está em nós, não precisaríamos das basílicas monumentais, das igrejas e dos templos, o isolamento pandêmico ensinou que podemos também fazer de nossos lares o nosso templo, aliás não é isso o que ensina o ELAR? 2) Olharmos Jesus com outros olhos; Ele é o Grande Espírito reconhecido por todas as culturas do mundo, como o Amor em Pessoa, o exemplo da Transfiguração de nosso amor ainda passional, numa forma de Amor Universal, porque totalmente espiritual; 3) Adaptarmos as suas palavras, ensinadas por meio de metáforas e alegorias, aos tempos atuais, e aqui eu me valho da Alegoria da Caverna do filósofo Platão, que fez parte da Falange do Espirito da Verdade para a concretização do Espiritismo na Terra, essa alegoria que está em sua obra prima, A República, onde ele, Platão, explica que a Verdade está fora da caverna escura da nossa extrema ignorância e apegos à concretude da matéria; 4) Que Ela, a Verdade, ensinada pelos filósofos gregos por meio de conjecturas e estudos diversos, na busca constante pela formação de um conhecimento que desse aos homens caminhos menos árduos, difíceis, e lhes abrisse o entendimento para que pudessem reconhecer o valor da vida em plenitude. E continuando, se “todas as coisas” seriam “restabelecidas no seu verdadeiro sentido”, é porque era chegado o momento de: 5) Conhecermos a nós mesmos como Espíritos imortais em jornada para a eternidade da Vida; 6) Que na Terra, viveríamos na temporalidade, no tempo que se escoa, que se vai, como água nas palmas das mãos; 7) Que a Vida na Terra, é apenas um segundo frente à eternidade; 8) Portanto, que a dor, o sofrimento, a aflição, significariam milésimos de segundos de aprendizado, de desmaterialização dos nossos apegos, porque a Vida é plena, é feliz, desde que a respeitemos e a amemos como benção, como oportunidade de crescimento; 9) E ainda: que os propalados Santos das igrejas foram pessoas normais, como nós, foram médiuns, foram amantes da Verdade e da Caridade; E aqui dou como exemplo Paulo de Tarso, Estêvão, Rita de Cássia, Lázaro, Erasto, Vicente de Paula, Vianney – o Cura, o Vigário da cidade de Ars na França, Agostinho, e muitos outros que, a convite de Jesus, vieram compor a Falange do Espírito da Verdade, pois já estavam renovados em evolução e entendimento. Suas mensagens estão espalhadas nas obras da Codificação, e estão, também em OESE, bem como o filósofo Sócrates, e antigos senadores de Roma, resgatados pela fé e pelas obras no Bem. Portanto, o significado da frase Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai, transcende a mera interpretação de que haveria vida em outros planetas, ou situações voltadas à mudança de formas de pensar. Allan Kardec fala dos diferentes estados do Espírito na erraticidade, que o Espírito André Luiz chamou de plano espiritual. Sim, sem dúvida, e daí podemos entender de que não há regiões geográficas nas dimensões extra corpóreas como na Terra, pois trata-se de estados de ânimo, de sentimentos e emoções, tão ou mais equilibradas ou desequilibradas conforme o estágio evolutivo do indivíduo. Allan Kardec também enfatiza as diferentes categorias de mundos no Universo, abrindo questões como a possibilidade de vida humana fora da Terra, aos moldes do que ensinam os Espíritos em O Livro dos Espíritos, PORTANTO NÃO PODEMOS ESQUECER QUE A VIDA NO UNIVERSO CORRESPONDE A MILHÕES, BILHÕES DE CRIATURAS EM FORMAS DE VIDA DIFERENTES DAS DA TERRA, E QUE O CINEMA AINDA NÃO INTERPRETOU DA FORMA ADEQUADA. MAS A CIÊNCIA CERTAMENTE O FARÁ. Para entendermos melhor, as questões de número 100 a 110 de OLE ensinam os diversos níveis de evolução do Espírito, criatura Universal. ESSES NÍVEIS CORRESPONDEM À VIDA UNIVERSAL, NÃO SOMENTE NA TERRA. PORTANTO, se existem Espíritos primitivos, de planos de provas e expiações, de regeneração, de planos felizes, estes transitam em seus planetas correspondentes, ou ainda nas múltiplas dimensões de Vida no Universo. As instruções trazidas pelo Espírito Agostinho, já no sentido dos planetas sólidos, onde os Espíritos se corporificam ou nascem, vivem e morrem, nos ensinam acerca das categorias de razão que se aproximam das de Aristóteles, contudo, Agostinho, adepto de Platão, postulou que os diversos mundos do universo estariam classificados conforme o padrão de evolução predominante da raça humana que lá habitasse. Isso não significa que Espíritos primitivos moralmente ou superiores moralmente não pudessem habitar temporariamente um plano de vida como o nosso, que é de provas e expiações, onde a IGNORÂNCIA (MAL) PREDOMINA. Tanto assim é que periodicamente vemos pessoas de Bem se unindo verdadeiramente em prol de uma causa, seja através do casamento, ou dos grupos de assistência à vida humana, à fauna e à flora da Terra. Porém, na Terra também vemos criaturas que se unem para o exercício do crime, da corrupção moral e de costumes. Estes são os extremos. A grande maioria está em aprendizado, tal como o Espírito Emmanuel pontuou, na Terra-Escola, na Terra-Prisão, na Terra-Hospital, todas unidas numa só, cujas entradas se abrem ao indivíduo conforme as suas necessidades e carências morais, espirituais e afetivas. Agem como um imã, que atraem as criaturas e que chancelam as suas necessidades evolutivas. A Escola filosófica estoica, na sua vertente romana, com Sêneca e Marco Aurélio, também postulou que nós, seres humanos, precisamos enxergar a vida com seus desafios reais porém, com serenidade e até sem dar tanta importância ao mal que nos aflige. Agostinho, presente na Codificação mas ainda ligado às ideias platônicas, diz que o progresso é lei da natureza. Que todos estamos a ele submetidos, o planeta, ou planetas do Universo igualmente, já que as Leis Universais são para todos (veja-se mais uma vez OLE). Ele enaltece a bondade de Deus que nos coloca frente à própria evolução, mesmo que seja de forma compulsória, pois para isso fomos criados. Revela que a Terra, planeta de origem transitória, também está se transformando para uma fase em que a grande maioria de seus habitantes será naturalmente constituída de seres bons. Mas que ninguém se engane, pois há a bondade e o conhecimento naturais, como fruto dos esforços individuais, como também a bondade como verniz social, que um dia derreterá, e o falso conhecimento que um dia será denunciado. Isto se chama transição, que Jesus definiu em suas parábolas do Joio e do Trigo, da Figueira Seca, do Bom Samaritano. Allan Kardec com o lançamento de OESE, definiu, conforme Instruções dos Espíritos Superiores, a “religião” espírita, desprovida de aparatos, de cultos à imagens, de cultos à médiuns, de rituais, de iconografia e de símbolos. E foi ao encontro de Jesus, que o orientou e nos legou uma obra de imensa importância, para o nosso conhecimento, consolo e acesso à Verdade tão buscada pela Filosofia e pela Ciência. SONIA THEODORO DA SILVA, filósofa

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

SAÚDE EMOCIONAL

A Filosofia Espírita abrange todos os setores de nossa vida, seja ela nas dimensões espirituais mas principalmente na dimensão corporal. No Espiritismo podemos encontrar todas as respostas para as nossas questões existenciais. O Espiritismo preconiza a vivência equilibrada nos padrões do exercício da saúde e do bem estar constante, tanto mental, quanto emociona e espiritual. Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS há menções dos Espíritos Superiores acerca das situações difíceis que o Espírito enfrenta ao não encontrar um corpo físico nas condições necessárias à sua manifestação. E explica que essas condições dolorosas foram geradas em vidas anteriores onde o Ser não tomou os devidos cuidados com seu corpo e sua vida mental. Vícios de toda sorte, maus hábitos, maus pensamentos, tensões, emoções como cólera, ódio, ressentimento, hábitos como maledicência, inveja, ciúmes, todos são instrumentos desequilibradores das engrenagens sutis do Espírito e, por consequência, do corpo. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo os cuidados com o corpo físico que recebemos como dádiva de Deus, nas reencarnações necessárias à nossa evolução, os Espíritos orientadores alertam quanto aos cuidados devidos à matéria, frágil por si mesma, e submetida à vontade do Espírito. No capítulo 17, Sede Perfeitos, o Espírito Georges discorre sobre “Cuidar do Corpo e do Espírito “. Veja-se o que ele diz na obra citada. A verdadeira crise no nosso mundo não é social, política ou econômica. Essas são decorrentes de uma crise de consciência, uma incapacidade de experimentar diretamente a nossa verdadeira natureza, e uma incapacidade de reconhecer essa natureza em todos e em todas as coisas. Precisamos aprender a refletir, a pensar a vida com os olhos do Espírito imortal, e não com os olhos dos interesses momentâneos, talvez assim tenhamos uma vida mais saudável e feliz. Veja-se o que diz Emmanuel no livro Pensamento e Vida, itens Enfermidade e Saúde. Todos já ouviram falar das técnicas de auto ajuda, movimento criado nos EUA para aliviar os sofrimentos dos veteranos de guerra do Vietnã, uma das pioneiras e criadoras desse movimento foi Louise Hay. Contudo, aqui no Brasil não precisamos desse movimento para apoiar as nossas necessidades espirituais e morais. O movimento de auto ajuda, que faz analgesia mas não cura os males da alma, na verdade retirou da Filosofia, mais precisamente da Escola Estoica, os seus princípios. Veja-se o clássico do estoicismo, Epiteto, num livro com base em seus escritos, “A Arte de Viver”. O Estoicismo preconiza a indiferença pelo sofrimento, o enfrentamento das dores humanas com coragem e abnegação. Léon Denis, por sua vez foi um estoico prático, quando chama a Dor como sua amiga. Portanto, o equilíbrio emocional diante das agruras da vida está ancorado na compreensão sobre a existência e de seus valores e virtudes. Confiança, pois cada fase da vida é uma passagem de experiências a serem solidificadas em nosso entendimento, fortalecendo a nossa fé. Sonia Theodoro da Silva, filósofa.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

O VALOR DA VIDA

 


Valorizar a vida, não obstante as dores, as dificuldades, os desafios da existência. Enfrentar com coragem e força de ânimo os problemas que a vida nos coloca, confiando no amparo de Deus e no auxílio dos Espíritos protetores.

Conta uma lenda, que pais chorosos pediram a Deus que lhes restituíssem o filho morto. Deus, então, mandou que buscassem em toda a Terra alguém que nunca tivesse sofrido uma perda, então ele atenderia ao pedido.  

Esse sentimento, a “perda”, pode ser sentido em todos os momentos de transição e mudanças em nossas vidas. Mudança de trabalho profissional sem ter tido a expectativa de deixá-lo, ou seja, demissões sem justa causa, mudança de local de residência sem ter planejado, um namoro ou uma relação amorosa rompidos, a morte de um familiar, a morte de um amigo ou amiga, mudanças políticas no país que podem gerar problemas em nossas vidas, perdas materiais por eventos de calamidade pública.

Apenas alguns exemplos, em meio a tantos que podem gerar tristeza, desânimo, depressão.

Por outro lado, os Espíritos protetores que atuaram na Codificação com Allan Kardec afirmaram que “não há felicidade sobre a Terra”. Felicidade, porém, não da forma como interpretamos, pois para nós, seres humanos de um plano moral de provas e expiações, a felicidade é a satisfação de nossos desejos materiais, de nossas vontades e caprichos.

E hoje, quando os comerciais de TV e de redes sociais nos estimulam a um padrão de vida que está além de nossas capacidades, sempre na ânsia de obter mais, em detrimento de ser melhor do que se foi anteriormente, e em comparação com outras pessoas, o sentimento de frustração cresce e traz em seu bojo a infelicidade e a desvalia da vida que se tem.

Essa é uma visão pequena e estreita da Vida que Deus nos concedeu para que pudéssemos, em nova oportunidade reencarnatória, realizar projetos de Vida, saldar compromissos, usufruir de momentos felizes com a família e amigos. Porque a vida é feita de MOMENTOS FELIZES.

Mas vejamos na Codificação e nos autores sérios que respaldam a Codificação, os motivos pelos quais as pessoas buscam pôr um termo em suas vidas, já que estamos, no momento desta palestra no mês de setembro, que lembra as ações contra o suicídio.  

Em O Livro dos Espíritos, Livro IV – Capítulo 1, Desgosto pela Vida – Suicídio, os Espíritos Superiores respondem a Allan Kardec que o desgosto pela vida, que se apodera de alguns indivíduos, sem motivos plausíveis, deve-se à ociosidade, à falta de fé, e geralmente da saciedade.

Dizem os Espíritos: “Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente; suportam as suas vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto mais agem tendo em vista a felicidade mais sólida e mais durável que os espera.”

Na questão seguinte, de no. 944, Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores se o ser humano tem o direito de dispor da própria vida, a que os Espíritos respondem: “Não, somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário ou autocídio, é uma transgressão dessa lei.”

Quando Kardec questiona se o suicídio não é sempre voluntário, os Espíritos acrescentam: “O transtornado mental que se mata não sabe o que faz”.

Essa loucura a que os Espíritos se referem pode ter várias origens: questões de ordem obsessiva seja psiquiátrica e/ou espiritual, geradas nesta existência ou oriundas de vidas anteriores.

Ao ímpeto de ceifar a própria existência tendo como causa o desgosto pela vida, os Espíritos Superiores são enérgicos ao afirmar que o trabalho pode preencher o vazio existencial.

E é neste ponto que enfatizo as centenas de ONGs que atuam efetivamente na preservação da vida humana e do meio ambiente, com destaque a Fraternidade Sem Fronteiras, os Médicos SF, SOS Mata Atlântica, Greenpeace Brasil, WWF Brasil, Mata Ciliar, mas também os trabalhos voltados a exilados de outros países e os sem teto em nossa cidade.

Ao trabalharmos a favor da vida do próximo, sua dignidade, o nosso coração se repleta de bem estar.

À pergunta de Allan Kardec, sobre o que dizer acerca daquelas pessoas que querem escapar às misérias e decepções deste mundo, os Espíritos Superiores respondem que Deus ajuda aos que sofrem, que felizes são aqueles que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados.

Isso também vale para a Eutanásia. Allan Kardec abordou esse tema em O Livro dos Espíritos, e os Espíritos respondem categoricamente que a ciência poderá trazer lenitivos e até um socorro inesperado no derradeiro momento.

O Espiritismo admite a Ortotanásia, que consiste em aliviar o sofrimento de um doente terminal através da suspensão de tratamentos que prolongam a vida mas não curam nem melhoram a enfermidade. Etimologicamente, a palavra "ortotanásia" significa "morte correta", onde orto = certo e thanatos = morte.

Diferente de Distanásia, que prolonga a vida de um paciente terminal mesmo que não haja mais condições de retorno à saúde.  

Em qualquer circunstância, ou situação a Vida é preciosa, ela nos foi concedida por Deus, como uma grande oportunidade, para buscarmos a nossa realização pessoal, para vivermos num país belíssimo como é o Brasil, não obstante as questões sócio-políticas, isso não importa, o que importa é o que possamos fazer para vivermos bem conosco  e com os outros.

E o que dizer do abuso das paixões? Dizem os Espíritos Superiores que se trata de um suicídio moral. Há neste caso esquecimento de si como criatura de Deus, e do próprio Deus.

Em o livro O Céu e o Inferno, Allan Kardec entrevista várias Espíritos desencarnados em circunstâncias dolorosas, inclusive suicídio voluntário, em diversas circunstâncias. A literatura mundial consagrou o suicídio de homens e mulheres em nome do amor, como Shakespeare em Romeu e Julieta, e Léon Tolstoi em Anna Karenina. Este último, veio a comunicar-se com a médium brasileira Yvonne do Amaral Pereira, e relatou que seu livro, publicado em 1877, serviu de estímulo a inúmeros suicídios de mulheres em seu tempo. Tolstoi voltava assim, à Terra, na condição de Espírito comprometido a cumprir com o compromisso de valorizar a vida alheia, através de trabalhos de psicografia com a médium brasileira. Há vários livros dessa rica parceria, publicados pela FEB-Federação Espírita Brasileira.

No Capítulo II de O Livro dos Espíritos, estes abordam a filosofia existencialista em seu ramo ateu, quando os Espíritos Superiores afirmam categoricamente que o Nada não existe.

O Nada foi tema de obras de filósofos da categoria de Friedrich Nietzsche, Jean Paul Sartre, os atuais franceses Luc Ferry e André  Comte-Sponville e o inglês Alain de Botton.

Como que antevendo as circunstâncias que abalariam as crenças humanas nas religiões, principalmente na Europa, desestabilizada e desestruturada durante séculos pelas ações de religiosos equivocados e imersos na sanha pelo poder a todo custo, o Espiritismo surge na aurora do século 20, poucos anos antes de duas grandes e devastadoras guerras mundiais que abalariam o espírito de crença e devoção a Deus.

Quando Nietzsche diz, através de seu personagem no livro de sua autoria Assim Falou Zaratustra, que “Deus está morto”, ele nada mais faz do que demonstrar a profunda,  oculta e desesperada necessidade que tem de crer no Criador que ele houvera conhecido através de sua rígida educação religiosa protestante.

A Filosofia Espírita foi a precursora de momentos de grandes tragédias individuais e coletivas, como a dar um sinal de esperança e consolo a toda a humanidade dos séculos 20 e 21.

Quanto a Consolo, aquele que nos auxilia a valorar a nossa existência, este é um tema que filósofos da Antiguidade Clássica chamaram a si, principalmente da escola estoica romana, como Sêneca, Epiteto, Marco Aurélio, e Boécio.

Todos viveram vidas desafiadoras, e tiveram final trágico, mas souberam enfrentar a dor e o sofrimento com coragem.

A expressão “coragem estoica” vem dessa escola filosófica, que além de outros tópicos não menos importantes, destaca o desprezo pela amargura, pela consternação, pelo penar e sofrer.

A Filosofia Espírita vem nessa tangente, mas, modifica o conceito da dor e do sofrimento, dando-lhe um significado terapêutico e educativo.

Mesmo agora diante de tantos pesares oriundos da pandemia do coronavírus-COVID 19.

A Filosofia Espírita engrandece as provas e desafios da existência, que colocam o ser humano num patamar de evolução moral mais abrangente.

Léon Denis, escreveu um livro, “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, onde desenvolveu seu pensamento sobre o significado da Dor para a evolução humana. O Espírito Emmanuel abordou esse tema em quase toda a sua obra.

E já que estamos falando em livros, eu indico o livro de minha autoria, “As Consolações da Filosofia Espírita- O Consolo do Conhecimento para uma época em transição”, por enquanto disponibilizado gratuitamente no nosso portal de estudos, EM BREVE será publicado em formado de livro pela Solidum Editora.

Eu também fiz uma Live para o Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, que está no www.facebook.com/centroespiritanossolar , disponível para todos.

O Valor da Vida caminha juntamente com aceitação, entendimento, compreensão, e esperança, muita esperança na Vida e muita confiança em Deus, nas suas Leis Divinas, nos Espíritos protetores que estão ao nosso lado.   

Sonia Theodoro da Silva, filósofa e escritora

 

BIBLIOGRAFIA:

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec

As Consolações da Filosofia Espírita – O Consolo do Conhecimento para uma época em Transição, Sonia Theodoro da Silva

quarta-feira, 25 de março de 2020

Amor e Felicidade em tempos de crise


 
 
Em tempos de provas e reajustes, falar sobre Amor e Felicidade pode parecer utopia. Contudo, Jesus também falou de paz em tempos de guerras, falou de perdão em tempos de ódio, de piedade em tempos de desprezo, de responsabilidade em tempos de omissão.

Então por que não falar de Amor e Felicidade em nosso tempo onde parece que as pessoas vivem um distanciamento contundente de sua própria humanidade? Quando nos parece que o “próximo” é alguém tão distante quanto os mais distantes astros do Universo? Justamente por isso, por causa desse distanciamento é que devemos tentar essa reaproximação.

Vivemos tempos onde os dramas de toda sorte acontecem: flagelos naturais, flagelos provocados pelos próprios seres humanos. A tão distante solidariedade está ressurgindo aos poucos, porque movida pela força das coisas. Talvez nos convidando a redefinir o conceito e o significado de felicidade, assim como amar.

Por séculos temos buscado ser felizes com o usufruto dos prazeres imediatos e mundanos, “amando” tudo o que nos cerca e nos traz apenas satisfação momentânea.

Ao longo da história da Filosofia, escolas surgiram no sentido de também buscarem respostas para as questões mais prementes da vida. Os existencialistas por exemplo, tem a capacidade de nos mostrar a realidade como ela é, sem fugas ou escapismos. E por serem tão contundentes, incomodam. Mas são úteis, tremendamente úteis em nosso tempo de tragédias e desenganos, oferecendo-nos uma saída que evoque mudança. Mudança no agir, mas sobretudo no pensar, subalterno daquele.

Por isso Allan Kardec surgiu no auge da retomada de caminhos seguros que nos fazem repensar o nosso tempo, mas, sobretudo, as nossas ações.

Em “Ética a Nicômaco”, Aristóteles diz que a felicidade é o maior bem desejado pelos homens e o fim das ações humanas, este último, com sentido teleológico, como a sua filosofia, quando afirma que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem.

Não está distante das afirmações de Jesus e de Kardec, que, priorizam o exercício do Bem como a finalidade da vida humana.

Mas até compreendermos isso, temos um caminho a percorrer.

 “Aristóteles diz que tanto as pessoas mais sábias quanto as pessoas menos doutas concordam que toda a ação humana tem como objetivo alcançar a felicidade. Se faz parte da natureza humana o desejo de ser feliz, o fim mais elevado não poderia ser outro e, por isso, há esse consenso. (W.J.P.dos Santos)”

Contudo, precisamos considerar que não há consenso sobre o sentido do que seja “felicidade”. Esse sentido varia conforme as culturas, os países, o nível evolutivo das criaturas. Kardec enumera em O Livro dos Espíritos, nas questões de número 100 a 110, esses degraus, o que torna bastante claro que ser feliz e amar está em acordo com a capacidade que as criaturas tem de apreender esse sentido.

Assim como Aristóteles buscava respostas para questões existenciais, a Filosofia Espírita, hoje, responde ao filósofo com a mais simples das conclusões, inspiradas em Jesus:  amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Essa felicidade jamais será anulada no coração e na mente daqueles que compreenderem o seu verdadeiro sentido. E jamais em tempo algum esse sentido poderá ser mudado ou apartado daquele que realmente assim o desejou.  

Sonia Theodoro da Silva, filósofa.     

domingo, 14 de abril de 2019

MORTES COLETIVAS, CASTIGO DIVINO?


(O anjo na sepultura de Cristo - Benjamin West)
 
As mortes coletivas sempre foram motivo de questionamentos por parte de todos os que estamos sendo informados das dores e aflições de muitos, seja no Brasil ou no exterior.

O que teria motivado realmente essas mortes? Imprudência das vítimas? Descaso das autoridades? Irresponsabilidade ou imprudência dos envolvidos? Predestinação? Fatalidade?

Qual a causa real desses infortúnios vistos pela Filosofia Espírita? Lei de ação e reação? Lei de Causa e Efeito? Seja qual ou quais foram ou são as causas, ficamos todos imensamente comovidos diante de tanta aflição e sofrimento. Pessoalmente adotei o hábito de orar por todos no exato momento da informação divulgada e recebida por mim através da mídia. Sugiro que todos façam o mesmo.  

Contudo, importante diferenciar lei de ação e reação de lei de causa e efeito.

Ação e reação evoca a terceira Lei de Newton : “A Terceira lei de Newton descreve o resultado da interação entre duas forças. Ela pode ser enunciada da seguinte maneira: para toda ação (força) sobre um objeto, em resposta à interação com outro objeto, existirá uma reação (força) de mesmo valor e direção, mas com sentido oposto. A partir desse enunciado, podemos entender que as forças sempre atuam em pares. Nunca existirá ação sem reação, de modo que a resultante entre essas forças não pode ser nula, pois elas atuam em corpos diferentes.” (prof. Joab Silas, graduado em Física)

O destaque é meu. Portanto, atribuir essa lei às causas e efeitos originárias de motivações de cunho moral, é errado, pois validaria a lei de talião criada por Hamurabi e sancionada por Moisés tempos depois.  

Segundo o Livro dos Espíritos, as Leis Divinas estão na consciência humana. Historicamente a  humanidade é contraventora das Leis Divinas, visto que ainda se situa em plano consciencial de provas e expiações; ao repetir erros a lei de causa e efeito atuará no sentido de recolocar o indivíduo no correto caminho do qual ele se desviou, para que ele – ou ela - devidamente “conscientizado”, reconheça a necessidade de ser “uno com o Pai”, tal como Jesus dizia e repetia sempre.

Ser “uno com o Pai” é uma expressão que designa o pleno cumprimento e consequente seguimento das Leis de Deus, pois estas nos reconduzem ao equilíbrio, e, portanto, a um estágio, mesmo que temporário, de felicidade. Porque estágio temporário? Importante lembrar que, conforme o Evangelho Segundo o Espiritismo, a felicidade plena “não é deste mundo”.  Já que a nossa existência real não é na Terra, pois aqui estamos no estágio de aprendizado, as lições se bem aprendidas nos colocarão em fase mais adiantada de entendimento, compreensão e consequente vivência e convivência em patamares cada vez mais altos.    

Segundo os Espíritos – Emmanuel, Joanna de Ângelis, Bezerra de Menezes, e enfatizo a última mensagem do Espírito Gabriel Delanne (www.filosofiaespirita.org ), onde o eminente cientista espírita destacou o comportamento “individualista feroz” de nossa civilização atual, o que nos levaria a graves consequências com relação a atos e ações praticados contra o semelhante e ao meio ambiente. Observamos que, atualmente, esses acontecimentos previstos (veja-se a mensagem “Advertência de Amor” de De Ângelis) estão ocorrendo amplamente.

Allan Kardec, por sua vez, com a lucidez que o caracteriza, informou em A Gênese, que o período de transição seria caracterizado pela “luta de ideias”. Muitos respiraram aliviados, achando que Kardec não estava “prevendo” guerras fulminantes.

Entretanto, lembremos que o século XX foi o século de maior refinamento da violência e da crueldade de uns contra os outros, a arrastar-se pelo século XXI afora. E essa “luta de ideias” pode levar a atitudes reativas de ódio e destruição se o jogo de interesses for primazia nas relações internacionais.

E nas relações humanas cotidianas? Fiquemos em terras brasileiras. O Brasil, tido como “pátria do Evangelho”, na realidade se configura como “pátria” das centenas de cultos religiosos que aqui encontraram terreno fértil no sentimento do cidadão brasileiro.

É “coração do mundo”? Depende do que acharmos dessa definição. No momento, vemos um país mergulhado na violência de todas as formas configurada, principalmente contra a mulher.

Dois brilhantes sociólogos, Jean Baudrillard, francês, autor do best-seller, “Sociedade de Consumo”, e Zygmunt Baumann, polonês, autor da expressão “modernidade líquida”, ambos detentores de uma visão ampla e sensível da sociedade que criamos desde fins do século 18 até os nossos dias, período que Allan Kardec também analisa e configura como sendo o início da “transição”, definiram o momento atual como praticamente ausente de iniciativas éticas e morais que pudessem conduzir o indivíduo a um estágio minimamente caracterizado como “feliz” .

Mario Vargas Llosa em “A Civilização do Espetáculo”, igualmente proclama: “este pequeno ensaio não tem a aspiração de aumentar o já elevado número de interpretações sobre a cultura contemporânea, mas apenas de fazer constar a metamorfose pela qual passou aquilo que se entendia ainda por cultura quando minha geração entrou na escola ou na universidade e a matéria heteróclita ( excêntrica) que a substituiu, numa adulteração que parece ter-se realizado com facilidade e com a aquiescência geral.”   

Nossa sociedade, segundo mensagem do Espírito Gabriel Delanne, em 2004 (www.filosofiaespirita.org), pela mediunidade lúcida de Raul Teixeira, é hoje uma sociedade onde predomina o individualismo feroz; observação de um Espírito que atuou fortemente na estruturação, continuação e divulgação da ciência espírita segundo o Espiritismo.

Os três analistas de nossa sociedade, que partilham o mundo espiritual e o mundo dos encarnados, e cada um em sua área de atuação, foram absolutamente concordes no que se refere ao quadro existencial atual.   

Unindo os pareceres dos autores e analistas, e com profundo respeito à Filosofia Espírita, detentora de princípios eternos e imutáveis, porém, como disse Allan Kardec, ela, a Filosofia Espírita é progressiva (não progressista), ou seja, acompanha e age como forte coadjuvante no desenvolvimento  intelecto-moral humano, afirmo que a nossa sociedade, da forma como está constituída  – individualismo feroz, mais capitalismo como sistema econômico em seus excessos, mais sociedade de consumo -, ESTÁ ACIONANDO A LEI DE CAUSA E EFEITO A NOSSO DESFAVOR, JÁ QUE SOMOS TODOS CONTRAVENTORES DAS LEIS DIVINAS, gerando processos de resgate coletivos, bem como individuais, extremamente dolorosos, já que pouco ou nada fazemos para mudar a atual situação. 

Entretanto, não se trata de mecanismo punitivo, e sim, educativo, porque desperta valores e motiva e incentiva o exercício de virtudes, conscientemente abandonados por grande parte, senão a maioria da nossa humanidade atual.

NÃO PRECISARIA SER ASSIM, bastaria que nos harmonizássemos com a mais importante Lei  (consulte-se O Livro dos Espíritos), ou seja, trabalhássemos intensamente por uma sociedade em bases firmes de valores éticos e virtudes morais, que os resgates e provas PODERIAM SER MAIS AMENOS, POR CONTA DE NOSSA INICIATIVA NO BEM EFETIVO.

Estamos vivenciando um processo de transição violenta.  Os Espíritos Superiores são categóricos ao afirmar que precisamos, nas casas espíritas sérias, acolher sim, porém, ensinar, elucidar, esclarecer.

EM NOSSA ÉPOCA, ONDE TODOS TEMOS ACESSO À INFORMAÇÃO, NÃO SE OFEREÇA MAIS “LEITE” COMO ALIMENTO – PARAFRASEANDO PAULO DE TARSO – MAS “ALIMENTO SÓLIDO” PARA QUE TODOS TENHAM O INSTRUMENTAL DO CONHECIMENTO E PRINCIPALMENTE DO CONHECIMENTO ESPÍRITA PARA SE LIBERTAR DAS INJUNÇÕES DA MATÉRIA E OPTAR DE FORMA CONSCIENTE POR COMPORTAMENTOS CONDIZENTES COM O MOMENTO DRAMÁTICO QUE VIVEMOS.

ESSE MOMENTO REQUER DE DIRIGENTES, EXPOSITORES E EDUCADORES ESPÍRITAS, ADESÃO PLENA E TOTAL AOS PRINCÍPIOS ESPÍRITAS, REVELADOS A NÓS NUM COMPOSTO DOUTRINÁRIO E JUSTAMENTE NO MOMENTO EM QUE A TRANSIÇÃO ESTARIA SENDO INTENSIFICADA.

Sonia Theodoro da Silva, Filósofa e espírita.    
Bibliografia:
Citadas no texto 
Bibliografia sugerida:
Obras Póstumas , Allan Kardec 
Após a Tempestade, Joanna de Ângelis ( médium D. Franco) 
Subir aos Montes, mensagem de Emmanuel, Caminho Verdade e Vida (médium FCXavier)              

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

BRUMADINHO E LEI DE TALIÃO


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No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem de detritos de minérios criada e administrada e sob a responsabilidade de uma empresa mineradora brasileira, a Vale do Rio Doce, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, rompeu.

E foi tão rápido, tão violento que não houve sequer condições para que mais de 500 pessoas que estavam trabalhando, almoçando ou em seu lazer numa das pousadas localizadas ali perto ou até passando pela região, sequer pudessem compreender prontamente o que estava acontecendo, e muito menos fugir a tempo de salvar as suas vidas.

Os técnicos que possuem expertise em gerenciamento de risco são unânimes em afirmar que a empresa assumiu todos os riscos a partir do instante em que não fiscalizou o que tinha que fiscalizar, quando e da forma profissional que tal problema exigia.

Os vídeos que mostram agora o alto poder de destruição da barragem rompida, a quantidade de dejetos que envolveram acres e acres de terra cultivadas, matas, florestas, arrastando consigo animais, casas, carros, caminhões, trens, e principalmente vidas humanas numa violência jamais imaginada por quem quer que pudesse pensar na possibilidade desse desastre acontecer.

Todos supomos que empresas desse porte tem gerenciamento de risco atualizado, com profissionais competentes e fiscalizadores de possíveis danos que possam ocorrer.

Mas a experiência tem demonstrado o contrário. A mesma empresa foi a responsável pelo genocídio de vidas humanas e animais, pelos danos irrecuperáveis à natureza na região de Mariana, também em Minas Gerais e  agora em Brumadinho.

O prejuízo financeiro que essa empresa está tendo no Brasil e no exterior é muito pouco, comparável ao crime cometido por ela. As autoridades do país, o poder judiciário tem que ser rigorosos e severos na punição e no ressarcimento pelos danos às famílias enlutadas, muito embora nenhuma indenização tenha o poder de apagar a dor lancinante dessas famílias.

Notável e comovente o trabalho dos bombeiros, que diuturnamente buscam os corpos ou os restos mortais das centenas de pessoas presas na lama. Extraordinário ainda o trabalho dos profissionais da Polícia Civil, a Defesa Civil, a Polícia Militar e das Forças Armadas, bem como dos militares israelenses.

Os grupos de voluntários, as ONGs que cuidam dos animais resgatados, todos formaram uma força humana ao mesmo tempo profissional, solidária, humanitária.

E nós, que estamos distantes fisicamente desse drama, mas não estamos distantes com a nossa solidariedade e sentimento de profundo pesar e respeito a todos os envolvidos, permanecemos em preces, eu pessoalmente e o CEFE-Centro de ESTUDOS Filosóficos Espíritas.

 Tal evento chocou a sensibilidade de todos, tanto no Brasil quanto no exterior e por outro lado, muitos questionam o porquê desse drama, sob o ponto de vista espírita.

O que fizeram essas pessoas para merecerem esse gênero de morte? E os que foram lesados em seus bens, e os animais envolvidos?

Nenhuma tentativa de explicação poderá desvendar as razões pelas quais aquelas pessoas estavam ali naquele instante.

Além disso, seria desumano por parte de quem quer que fosse, localizar essas pessoas em qualquer evento nefasto da história para tentar justificar o injustificável.  

Jamais poderemos mensurar o comprometimento individual ou coletivo de qualquer pessoa, de qualquer Espírito diante dos próprios compromissos com as Leis Divinas.

Temos visto pela internet pessoas do movimento espírita procurando explicar as causas que motivaram os efeitos dolorosos para a vida dessas pessoas.

O Espiritismo, a Filosofia Espírita é clara e objetiva. Somos responsáveis pelos próprios atos e ações e pensamentos, DESDE QUE tenhamos noção das consequências desses atos, ações e pensamentos.

A culpa permanece na consciência daquele que agiu sabendo que agia erradamente contra si e  contra o seu semelhante. A consciência culpada, quando cai em si, seja nesta existência ou nas dimensões espirituais, busca ressarcimento através de compromissos  para com a comunidade ou comunidades de pessoas com as  quais se envolveu ou outras pessoas que necessitem de seu trabalho, dedicação, de sua vida, enfim.   

Essa noção das consequências dos próprios atos e ações, começa a partir da vinda de Jesus entre nós. Anterior a ele, as comunidades e seus chefes e líderes guerreavam entre si na busca de terras, fortunas e poder.

Na época não havia conceitos de moral, que elevasse o ser humano ao respeito pela vida alheia.

Os impérios da antiguidade transitaram ao longo de centenas de anos nessa situação. Mas nem assim deixaram de construir e fazer progredir as populações a elas submetidas. Exemplo, o império Romano, mas também a Magna Grécia, o império persa, o império babilônico e assírio.

Com o advento da presença de Jesus de Nazaré no planeta, o ódio e a sede de poder brutal vai cedendo aos poucos, à medida em que o indivíduo toma ciência e se conscientiza da necessidade do bem estar comum, que transita através do perdão, da compreensão, do respeito e da empatia ao seu semelhante, e à natureza que o cerca.

Portanto, essa conscientização é muito recente. Jamais poderemos culpabilizar civilizações da Antiguidade por atos e ações que elas acreditavam firmemente serem verdadeiras, pois seria o mesmo que culpar um indígena antropófago por alimentar-se de carne humana.

Exemplo disso, as civilizações asteca e maia, sacrificavam pessoas aprisionadas nas guerras tribais, e se alimentavam de suas carnes e bebiam seus sangue. O significado era que estavam prestando homenagem ao guerreiro morto e tomando seu sangue, tido como a seiva da vida entre os antigos.

Isso não era sinônimo de barbárie.  Todos estavam transitando num horizonte consciencial semi primitivo, portanto.

Após Jesus de Nazaré, com a difusão do Cristianismo pelos seus apóstolos, por Paulo de Tarso e seus seguidores, os indivíduos foram mudando aos poucos e harmonizando-se entre si.

Joanna de Ângelis tem uma bela passagem reflexiva numa de suas mensagens onde prioriza as diferenças entre as sociedades no antes de no depois da vinda do Cristo.

Portanto, são apenas 2019 anos de civilização cristã.

Contudo, nesse trajeto milenar, o ser humano não aderiu plenamente aos ensinamentos do Mestre, que, por acréscimo de misericórdia em seu infinito amor à humanidade, prometeu enviar o Consolador para que pudéssemos, almas comprometidas que somos, tomar consciência da mudança definitiva de nossas atitudes, pensamentos e ações.

A Filosofia Espírita abre perspectivas de entendimento e consolo; compreensão e aceitação de nossas dores e aflições. Sabemos que existem causas para o sofrimento humano, mas saber exatamente quem, como, quando, detalhes, a ninguém é dado esse poder de desvendar, já que as Leis Divinas nos conferiram a dádiva do esquecimento das vidas passadas no processo das reencarnações sucessivas.    

E muito menos de divulgar publicamente, pois , conforme eu disse antes, seria de uma crueldade extrema detalhar débitos que não são nossos, e portanto, merecem toda a nossa discrição e respeito.

Mesmo nas Terapias de Vidas Passadas, quando realizadas por profissionais sérios e éticos, a identidade das pessoas permanece oculta pela ética profissional.  

Divulgar publicamente ou especular sobre as vidas alheias  seria, conforme o filósofo Immanuel Kant afirma, emitir um juízo de valor extemporâneo e eu diria, irresponsável.

Se os próprios repórteres e jornalistas afirmaram que suas experiências em Brumadinho foram as mais dilacerantes de suas vidas, como nos omitir friamente afirmando isto ou aquilo acerca da vida de pessoas que nem sequer nos foi dado conhecer??

Precisamos entender que ainda vivemos num mundo de provas e expiações que também agem como propulsoras à evolução espiritual humana.  

Portanto, jamais saberemos se o drama ocorrido em Brumadinho, ou em Mariana, ou em Santa Maria, ou qualquer outro drama ocasionado pelo homem, ou pela omissão humana, seria uma prova solicitada pelas pessoas vitimadas e seus familiares, ou o cumprimento de um resgate compulsório.

Aqui está a diferença !!  

Em todos esses eventos, a misericórdia divina certamente se fez presente através de missionários socorristas da Espiritualidade, que assim como os há na vida na Terra, os socorristas do mundo espiritual sabem como agir com as pessoas vitimadas.

E certamente estão apoiando, inspirando, ajudando mesmo os socorristas reencarnados.  

É de uma imaturidade espiritual imensa além do desconhecimento da história da humanidade e de como a nossa evolução espiritual se processa, atribuir à uma pretensa Lei de Talião a responsabilidade que cabe a nós ressarcir com conhecimento e fé na Leis de Deus.

Por outro lado,  diante da omissão ou da falta de respeito à vida e à natureza por parte de grupos humanos que ainda transitam numa atmosfera psíquica primitiva, porque amante do poder e do lucro em detrimento da Vida em suas infinitas manifestações,  desta vez, consciente de seus atos e atitudes, perguntamos :  

De que forma estes “pagarão” os seus débitos? Não sabemos. Não nos cabe “adivinhar” quando nem como estes últimos vão ressarcir os seus débitos criados – ou recriados – para com as comunidades que prejudicaram.

Quando os Espíritos se referem à Lei de Talião – olho por olho, dente por dente – e que alguns intérpretes espíritas chamam erroneamente de Ação e Reação, já que A e R é uma lei física e não moral – os Espíritos usam como exemplo apenas, e não como forma compulsória no geral para o processo evolutivo humano.

As grandes tragédias provocadas pelos indivíduos humanos, como as guerras, e a consequente destruição que provocam, o êxodo de populações inteiras, certamente chamam para si resgates compulsórios, porém, jamais saberemos onde, como, com quem exatamente isso se dará.

A questão 10 do Livro dos Espíritos diz que “falta um sentido” a todos nós para que compreendamos todo o processo da criação de Deus, e Ele próprio.   

Na questão 3, os Espíritos afirmam que não podemos entender coisas que estão além da nossa inteligência.

Portanto, humildemente devemos reconhecer, como diria Shakespeare, que há mais coisas além do céu e da Terra do que sonham as nossas vãs filosofias.

Quanto às vítimas de Brumadinho, recebam o nosso carinho e afeto, o nosso respeito e admiração pela prova pela qual passaram.

Estejam certos de que suas famílias estão amparadas, meus irmãos, confiem em Deus e nos Benfeitores Espirituais que cercam a todos.

Para vocês que voltaram para casa, o nosso verdadeiro lar, e a todos, o nosso amor fraternal, e a mensagem do Espírito Emmanuel :
 

TUDO PASSA

 Todas as coisas, na Terra,  passam...

 Os dias de dificuldades, passarão...

 Passarão também os dias de amargura  e solidão...

 As dores e as lágrimas  passarão.

 As frustrações  que nos fazem chorar... um dia passarão.

 A saudade do ser querido  que está longe, passará.

 Dias de tristeza... Dias de felicidade...

 São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal

 as experiências acumuladas.

 Se hoje, para nós, é um desses dias  repletos de amargura, paremos um instante.

 Elevemos  o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave

 da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará...

 E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades

 já superadas, que não há mal que dure para sempre.

 O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar

 diante das turbulências de gigantescas ondas.

 Mas isso também passará,porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno

 de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade,

 e que um dia também passará...

 Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação.

 Assim,  façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento,

e confiemos em Deus,  aproveitando cada segundo,  cada minuto que, por certo...

 também passarão...

 Tudo passa..........exceto DEUS!

 Deus é o suficiente!

 Chico Xavier - Emmanuel                

SONIA THEODORO DA SILVA, Filósofa e espírita.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

MEDIUNIDADES OBSCURAS E TRANSIÇÃO





DE QUE TRATA REALMENTE A TRANSIÇÃO?

De exposição de escândalos morais presentes na política?  De ausência de empatia e de respeito ao outro, ao próximo, principalmente aos portadores de mobilidade reduzida, cadeirantes, deficientes cognitivos, visuais, auditivos, ou simplesmente “o outro”, o “próximo”?
Da falta de respeito à vida humana, seja ela criança, mulher, idoso, idosa?

De guerras e rumores de guerras conforme os capítulos 24 e 25 do Evangelho de Mateus e os argumentos dos Espíritos Superiores a Kardec, corroborados por Emmanuel e Joanna de Ângelis?  
De vícios de toda a natureza e surtos de ódio e desequilíbrio mental portadores de armas, mortes, suicídios, e que alimentam processos obsessivos com toda a intensidade de que são capazes?  

Diria que sim, tudo isto e muito mais, contudo estamos falando de EFEITOS e não de CAUSAS.
O Espiritismo, mais precisamente, a Filosofia Espírita trata das CAUSAS das questões existenciais humanas, minando-lhe os efeitos causadores de dor e sofrimento que ao longo de milênios tem acompanhado a alma humana e os Espíritos.  

O processo de transição, tão propalado por várias pessoas, que tentam justificar o injustificável, porque se não tratamos as causas, os efeitos continuarão a lesar a alma e os corpos humanos, é muito mais que um simples perpassar, como um caminho, por uma trajetória de dores e aflições.

TRANSIÇÃO significa MUDANÇA de posição, de aderência a posturas e comportamentos, modos de pensar e de viver, de estar e ser, para uma outra proposta, a de REGENERAÇÃO de almas e de Espíritos.

Contudo, pouco se pensa sobre o tema. As preferências de abordagens se projetam numa proposta ou propostas oníricas, de uma espécie de paraíso distante e inalcançável, ou até de projeções de pensamentos daqueles que “acham que” a vida regenerada seria a satisfação de prazeres que hoje não se pode alcançar.

O significado da palavra REGENERAÇÃO conforme a abordagem espírita, remete à transformação de um estado, de um modo de ser e de viver, para outro, oposto porque desatrela costumes e hábitos arcaicos, crenças mitológicas e míticas, que se projetam na vida e no modo de pensar a vida. Regenerar-se implica não num simples colocar remendos novos em roupas velhas, mas em trocar de roupas, de vestes, novas e brilhantes como novo e brilhante deve ser o novo pensar, um novo modo de raciocinar a projetar-se na existência.

Trocando em miúdos, o cotidiano deve mudar, a partir dos costumes e hábitos, transformando a nossa sociedade de consumo para a de preservação. Raciocinemos através de alguns poucos exemplos, que certamente o nosso leitor poderá ampliar:

Alimentação carnívora

Emmanuel posicionou-se certa vez, quando lhe perguntaram sobre o assunto e a sua resposta foi: “se desejam saber em qual nível evolutivo a humanidade se situa, basta observar que ainda se alimenta das vísceras de seus irmãos inferiores...”

Nada mais justifica essa alimentação, pois seus nutrientes já foram substituídos plenamente por outros mais saudáveis. Devemos, pois, analisar o que leva ainda o ser humano a escolher a carne como prato, seja ela bovina, equina ou de qualquer outro animal.

Resta o prazer em alimentar-se com carne; e isto deve mudar.

Animal tem vida; tem emoções e sentimentos proporcionais ao seu estágio evolutivo. Os animais evoluem como os seres humanos. Inserir sofrimento e dor desnecessários a esse processo acarreta mais perdas a eles e comprometimentos à raça humana. Sem mencionar os agronegócios, exploradores e depredadores por sua própria natureza.

E você, o que está fazendo para mudar isto?

Ecologia

Não precisamos enumerar o que a boa imprensa e as ONGs honestas e lúcidas já fazem. O aquecimento global prenuncia grandes catástrofes a curto, médio e a longo prazo.

Já estamos sentindo as mudanças. Em toda a parte isto já acontece. A água potável está em processo de esgotamento. A ciência pouco poderá fazer, mesmo dessalinizando a água dos oceanos. Jamais será a mesma água pura proveniente de nascentes naturais.
 Por outro lado, a desertificação está avançando em todo o planeta e já se instalou no Nordeste brasileiro.
Pequenos animais necessários à preservação do ecossistema estão morrendo, se extinguindo. As abelhas, por exemplo.  A beleza que trazem à natureza como os vagalumes, onde estão? Estão sendo dizimados pela disseminação descontrolada de agrotóxicos que, obviamente não são seletivos e exterminam a fonte da vida na pretensa intenção de exterminar pragas. Aliás, a ciência ética já desenvolve meios de extermínios de pragas por meios naturais, sem a utilização das drogas, que estendem a matança aos seres humanos que consomem alimentos contaminados.

E isto tem que mudar, o que você está fazendo para que tal aconteça?

 Poluição mental

Advinda das Fake News, que firmou a sua sordidez e seus pés enlameados nos corações ingênuos que acreditam em tudo o que lhes parece verdade; a aparência de verdade não é ela mesma. Deve ser investigada e cotejada com os ensinamentos dos Espíritos Superiores a Kardec, com a lógica espírita advinda do estudo constante e com os ensinamentos e exemplos de Jesus de Nazaré e seus bons seguidores.

Advinda de uma mídia comercial egoisticamente interessada em modificar os bons costumes e a boa educação por um projeto de vida superficial e focada nos prazeres físicos de toda a sorte, porque manipulada e manipulável, em busca de índices de audiência através do escândalo. Amoral e imoral, antiética, antiestética e contra os valores de uma sociedade que já deveria estar preparada por centenas de anos de boas e nobres mensagens e vidas de gente que continua vivendo, sacrificialmente e com riscos à própria existência e integridade, o Bem e para o Bem.  

Nota: Não se trata de adotar pensamentos e costumes conservadores mas de seguir os ensinamentos e exemplos que nos foram ofertados  por centenas de obreiros da Verdade e do Bem, e que continuam dando exemplos de amor à vida onde quer que ela se manifeste. Estamos falando de desenvolvimento do senso de seletividade.  

E VOCÊ, o que está fazendo para mudar isso?

Comportamento

Poderíamos nos ater ao comportamento humano de uma forma geral, mas vejamos os efeitos do que já citamos: desonestidade, “jeitinho” para tudo, sonegação de impostos, mentiras, maledicências, calúnias, inveja, ciúmes, roubo de direitos autorais, violência física e moral, assédios sexual e moral, etc., etc.

Todos esses comportamentos geram distúrbios mentais, processos obsessivos de longa duração, ou são ocasionados por eles, numa permuta constante e vampiresca.

E você, espírita, o que está fazendo para mudar isto?

Veja que estamos nos referindo à humanidade a qual também pertencemos.

  Mediunidade

Allan Kardec deixou muito claro o significado de mediunidade: estado de intercâmbio constante com o mundo desencarnado, numa permuta amoral e aética, já que mediunidade não define moral elevada.

O médium não é o representante de Deus sobre a Terra, não tem autoridade para fazer premonições e profecias, não está na condição de fazer milagres como Jesus, que, na verdade não “fazia milagres”, mas curava enfermidades físicas e mentais quando os enfermos ofereciam condições físicas e morais para tanto, conclamando e deixando muito claro que a fé do paciente era instrumento de refazimento, sem a qual Ele, Jesus, nada poderia fazer.

Os Espíritos Superiores destacaram isto a Kardec, veja-se o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 19 - A fé transporta montanhas.

Quanto à mediunidade de efeitos físicos, com foco em saúde, obedece aos mesmos ditames acima, o médium nada pode fazer se o paciente não tiver fé, contudo, aliado à fé, é necessário o Conhecimento que desenvolve o discernimento, sem os quais os charlatães continuarão agindo em nome de Deus e do Espiritismo e se aproveitando da credulidade e da ignorância alheios.

O mesmo diga-se à mediunidade psicográfica, hoje instrumento de Espíritos e médiuns  portadores de pseudo sabedoria, segundo a definição de Allan Kardec em O Livro dos Médiuns.  

Particularmente conheci alguns centros ESPIRITUALISTAS, que trazem equipes de médiuns que atuam no refazimento da saúde de seus assistidos, realizam Cromoterapia, Desobsessão, pregam o Evangelho de Jesus e o Evangelho Segundo o Espiritismo.

Essa miscigenação de conceitos e terapias, contudo, evocam uma prática voltada à proposta de cura de enfermidades e mudança de comportamentos frente à vida.
Trata-se de um fenômeno social surgido com a atuação de Centros Espíritas no Brasil, mas que encontrou no começo do século XX um país colonizado por católicos e mesclado por cultos africanos e orientalistas.

Todavia, o paciente deve estar alerta quando às intenções e à postura de médiuns e seus colaboradores.

O fato ocorrido recentemente com um médium de Goiás, que, esclareçamos, não é espírita, repetiu o comportamento antiético e ausente de moral cristã de muitos outros médiuns não-espíritas no passado.

Alguns tiveram morte trágica: castigo? Certamente que não, lei de causa e efeito nada tem a ver com lei de talião. Contudo, atraíram, na mesma proporção de suas energias desequilibradas, outros Espíritos em igual desalinho mental e espiritual e que, muito provavelmente contribuíram para a sua morte, quando não a profundo desequilíbrio.

Lições se repetem, as pessoas precisam aprender com elas.

Este artigo, com todos os comentários acima, traz uma pequena reflexão quanto ao que nos cabe fazer para adentrarmos o mundo regenerador.

E você, o que está fazendo e refletindo para que a regeneração aconteça em sua vida e na vida das pessoas que o/a cercam??
Lembre-se que as Leis Morais estão em sua consciência de profundidade, esperando o momento de serem vividas, para uma existência plena de equilíbrio e bem estar. 

Sonia Theodoro da Silva

Filósofa.